O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) investiga o fazendeiro Milton Andrade Hildebrand, de 62 anos, por maus-tratos a animais em sua fazenda em Rio Verde (MS). Ele deixou 50 cabeças de gado morrerem sem água e outras mil em estado crítico, incapazes de se mover. Diante disso, a Promotoria de Justiça do Meio Ambiente notificou Hildebrand e abriu um inquérito civil. Para resolver os danos ambientais, o MPMS propôs um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), visando uma solução consensual.
Durante a inspeção na fazenda, policiais ambientais encontraram gado atolado em lama e sem acesso a água. Em áreas mais distantes da propriedade, muitos animais já estavam mortos. A fazenda tem capacidade para abrigar 5 mil cabeças de gado, mas, devido ao descaso, enfrenta graves problemas de gestão. Assim, o destino dos animais agora está nas mãos da Justiça, que pode decidir pelo sequestro de bens ou a realização de um leilão. Além disso, Hildebrand também responde por degradação de Áreas de Preservação Permanente (APP).
O histórico do fazendeiro mostra que ele é reincidente em crimes de maus-tratos. Em 2021, ele foi denunciado por manter cães sem água e comida em uma fazenda em Campo Grande. Na época, a polícia encontrou os animais trancados, magros e infestados de carrapatos. Além disso, um cavalo foi encontrado morto em decomposição. A Subsecretaria do Bem-Estar Animal (Subea) resgatou os animais e confirmou o abandono. Com essas informações, as autoridades intensificam as investigações para aplicar as medidas legais necessárias.