A plataforma “Radiografia das Escolas Médicas”, divulgada este mês pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), revela que Mato Grosso do Sul é o 21º estado em quantidade de cursos de medicina no Brasil, com seis cursos.
Os estados com mais cursos são São Paulo (74), Minas Gerais (48), Bahia (22), Rio de Janeiro (22) e Rio Grande do Sul (20). O Amapá tem apenas uma escola de medicina. No total, o Brasil possui 390 cursos de medicina, a maioria em instituições privadas.
Em Mato Grosso do Sul, a maior parte dos cursos de medicina está em instituições públicas. Dos seis cursos no estado, quatro estão nas seguintes universidades: UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) em Campo Grande e Três Lagoas, UFGD (Universidade da Grande Dourados), e UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul). Os outros dois cursos são oferecidos pela Universidade Uniderp/Anhanguera de Campo Grande e pela Faculdade Unicesumar em Corumbá.
O número de vagas anuais disponíveis em Mato Grosso do Sul, somando os cursos pagos e gratuitos, cresceu menos de 50% entre 2000 e 2020, passando de 280 para 438. Esse é o dado mais recente apresentado pela plataforma.
A ferramenta do CFM também analisa a infraestrutura disponível para a formação de médicos, como hospitais de ensino, leitos e equipes de saúde da família. Em Mato Grosso do Sul, há três hospitais de ensino cobrindo 75% dos locais com cursos, mas faltam 67 leitos no SUS, o que resulta em uma sobrecarga de 13 alunos por unidade. Quase 80% dos municípios brasileiros com escolas médicas têm déficit nos parâmetros essenciais para o funcionamento dos cursos, afetando 196 cidades e 288 estabelecimentos de ensino superior de medicina.