Mortes violentas caem na Amazônia, mas índices ainda preocupam
A Amazônia Legal registrou uma queda de 6,2% nas mortes violentas intencionais, mas a taxa ainda é 41,5% maior que a média nacional. O estudo “Cartografias da violência na Amazônia”, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o Instituto Mãe Crioula, revelou que, em 2023, foram 8.603 mortes violentas na região, comparadas a 9.096 em 2021. A taxa de homicídios na Amazônia Legal é de 32,3 por 100 mil habitantes, enquanto a média nacional é de 22,8. A região, composta por nove estados, enfrenta desafios únicos devido à sua localização estratégica para o narcotráfico e conflitos fundiários. A presença de facções criminosas cresceu 46%, com 260 dos 772 municípios registrando atividades desses grupos. O Comando Vermelho, por exemplo, domina 130 municípios, reduzindo a violência em áreas onde não há disputa entre facções. A Amazônia Legal é estratégica, pois faz fronteira com grandes produtores de cocaína como Colômbia, Bolívia e Peru, além de ser um mercado consumidor significativo. Os pesquisadores destacam que a violência está ligada a conflitos por terras e exploração de recursos naturais, como madeira e ouro, frequentemente usados para lavagem de dinheiro. A degradação ambiental também contribui para a violência, com rodovias como a Cuiabá-Santarém e a Transamazônica impulsionando o desmatamento e conflitos territoriais. Pequenas cidades, como Cumaru do Norte e Santana, tornaram-se epicentros de violência devido à interiorização dos crimes. O estudo alerta que, para alcançar a sustentabilidade, é necessário repensar o modelo de desenvolvimento econômico na região. Foto: divulgação Polícia Federal
Mato Grosso do Sul iguala número de feminicídios de 2023 enquanto casos de violência crescem no interior
Neste Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, celebrado nesta segunda-feira (25), Mato Grosso do Sul igualou o número de feminicídios registrados em 2023, totalizando 30 casos até o momento. Com mais de um mês para o fim do ano, os números podem aumentar. Novos casos de violência, divulgados pela Polícia Civil, evidenciam a gravidade da situação, com episódios de agressões e abusos registrados em cidades como Dourados e Rio Verde. Em Rio Verde, um empregador perseguiu e agrediu uma mulher de 24 anos em sua fazenda. Ela conseguiu escapar e denunciou o caso às autoridades. Já em Dourados, um homem espancou brutalmente sua companheira com pauladas após um desentendimento. Esses casos destacam o desafio de proteger mulheres que vivem em áreas isoladas e sem acesso a serviços de apoio. Desde a criação da Lei do Feminicídio em 2015, os registros apresentam variações, mas o estado atingiu o pico em 2022, com 44 casos. Para enfrentar essa realidade, campanhas como a promovida pela ONU no Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres buscam conscientizar a população. No entanto, especialistas apontam a necessidade de ampliar políticas públicas para oferecer proteção efetiva às vítimas.
Suspeito de violência doméstica foge algemado de viatura em Campo Grande
Um homem denunciado por violência doméstica tentou fugir de uma viatura da Polícia Militar na sexta-feira (27), no bairro Jardim Anache, em Campo Grande. Ele estava algemado quando pulou da viatura e tentou escapar, mas foi contido pelos policiais e levado para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).